terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Ciência Sem Fronteiras


O Programa Ciência sem Fronteira (CsF) é um programa recente, que foi implantado em julho de 2011, e busca consolidar, expandir e internacionalizar a ciência e tecnologia brasileira por meio do intercâmbio internacional de alunos graduados, pós graduados e pesquisadores. Essa política surgiu a partir da iniciativa conjunta entre os Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC).

Os objetivos específicos do CsF são “investir na formação de pessoal altamente qualificado nas competências e habilidades necessárias para o avanço da sociedade do conhecimento; aumentar a presença de pesquisadores e estudantes de vários níveis em instituições de excelência no exterior; promover a inserção internacional das instituições brasileiras pela abertura de oportunidades semelhantes para cientistas e estudantes estrangeiros; ampliar o conhecimento inovador de pessoal das indústrias tecnológicas; atrair jovens talentos científicos e investigadores altamente qualificados para trabalhar no Brasil”.

As bolsas possibilitam aos alunos entrar em contato com sistemas educacionais considerados competitivos, nas respectivas áreas, e o esperado é que contribua para a formação de profissionais altamente qualificados. O treinamento é feito nas instituições mais bem conceituadas para cada área de conhecimento contemplada. Os benefícios oferecidos CsF são mensalidade de bolsa, auxílio-instalação, passagens aéreas e seguro saúde.

Outras iniciativas do Programa são o incentivo para a vinda ao Brasil de cientistas e líderes de grupos de pesquisas do exterior por meio da bolsa Pesquisador Especial Visitante e buscar atrair jovens cientistas brasileiros através da concessão da Bolsa Jovens Talentos

O foco principal do CsF é a área tecnológica, e, embora alunos de Ciências Humanas já tenham sido beneficiados pelo programa, essa oportunidade tem sido dificultada com a exclusão de 24 cursos, daqueles que eram contemplados, sendo 20 dessa área. A justificativa é não existirem lacunas a serem preenchidas como no campo  Ciências Exatas.

Em reunião anual da Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da Ciência (SBPC), realizada em julho desse ano, essa ação foi questionada, pois gerou muitas críticas e insatisfação por parte dos alunos que aspiravam a essa oportunidade, manifestadas por meio de recursos judiciais e movimentos em redes sociais. Outro questionamento levantado foi em relação à absorção desses pesquisadores quando retornam ao país, uma vez que essa dificuldade já existe quando se trata dos recém-doutores que não conseguem facilmente se inserir no mercado de trabalho.

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