O trote universitário é uma prática comum nas universidades
brasileiras. A palavra Trote significa “prova, brincadeira a que, nas escolas euniversidades, os veteranos submetem os calouros; (…) Zombaria, intriga,gracejos feitos por mascarados durante o carnaval, ou, em qualquer dia, porpessoa que, pelo telefone, se faz passar por outra, ou não diz seu nome.
O trote teve sua origem nas primeiras universidades
européias, os candidados ao ingresso nessas universidades tinham as roupas
retiradas e queimadas, eram raspados os seus cabelos, porém a justificativa do
ato se dava pela necessidade de aplicação de medidas profiláticas contra a
propagação de doenças, é o que afirma Antonio Zuin, autor do livro O Trote na
Universidade: Passagens de um Rito de Iniciação.
Nos dias atuais, as opiniões relacionadas ao tema tem sido
bastante amplas e divergentes. O trote como prática humilhante e vexatória, tem
se tornado cada vez mais comum nas universidades. No último dia 24, em São João
del-Rei, estudantes do curso de Zootecnia e de Engenharia Elétrica, da UFSJ
foram presos pela prática de trote, acusados do crime de constrangimento
ilegal. A prisão foi feita com base em uma lei municipal que Proíbe o Trote nas
Universidades, Faculdades e outros estabelecimentos de ensino nas vias públicas
municipais.
Episódios como este instigam polêmica. Alunos são obrigados
a passar por episódios de violência física ou psicológica com a justificativa
de se integrarem no novo grupo, como prática de inserção. Alguns casos podem
chegar ao extremo de o calouro pagar com a própria vida, o primeiro registro de
morte ocorreu em Recife, um aluno da Faculdade de Direito, em 1831. E
infelizmente não parou por aí, a mídia mostra casos de barbáries que são
cometidas em trotes, alguns episódios são relatados no Guia dos Curiosos, como
casos de “trotes violentos”.
Existe também adeptos da opinião de que o trote feito de forma voluntária e
consciente, não violenta pode ser uma forma de diversão e de realmente ser um rito de passagem. Auxiliando os novatos a interagirem uns com os outros e com
os próprios veteranos. Mas para alguns, os que se negam a participar da interação são sumariamente
coagidos, intimidados, perseguidos ou mesmo isolados do convívio das atividades
dos demais.
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