quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A Assistência Estudantil na UFSJ



Muitos fatores dificultam a permanência de alunos na graduação, entre eles se encontra a insuficiência de recursos. O elevado índice de evasão despertou na política nacional de educação brasileira a necessidade de encontrar medidas que pudessem criar e ampliar os programas de assistência estudantis  de modo a facilitar o acesso e a permanência dos estudantes nas universidades.

Em meados da década de 1990 foi criado pelo Ministério da Educação - MEC
a Comissão Especial de Estudos sobre a Evasão nas Universidades Públicas Brasileiras. Percebeu-se por meio desses estudos que cerca de 40 % dos estudantes abandonavam o curso antes de concluí-lo. Preocupada com esses resultados, em 2004 a União Nacional dos Estudantes - UNE se posicionou em defesa da construção de um plano que pudesse dar auxílio para a permanência dos estudantes.

Por meio da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior - ANDIFES, o MEC aprovou em 2007 o Plano Nacional de Assistência Estudantil - PNAES. Esse plano apresenta as diretrizes que permitem a elaboração de ações de caráter assistencial em Universidades Públicas.

De acordo com a Portaria Normativa n° 39, de 12.12.2007 essas ações têm como objetivos diminuir as desigualdades sociais, bem como criar  meios que possam de alguma forma evitar a evasão e baixo aproveitamento dos alunos  criando possibilidades de se desenvolverem e ter acesso de qualidade ao Ensino Público.

De acordo com a UFSJ, ações de assistência estudantil começaram a existir na universidade por volta de 1990  quando a instituição passou a ter cursos superiores em período integral. Entre essas ações encontram-se a Bolsa Atividade e a Bolsa Alimentação.

A Bolsa Atividade visa auxiliar na permanência dos estudantes de graduação regularmente matriculados e com dificuldades financeiras, de modo que tenham condições de arcar com as despesas necessárias para sua estadia na cidade.

É feito um processo para a concessão de bolsas, o qual estabelece como critério as condições socioeconômicas e a quantidade de alunos que se inscrevem. Sendo selecionado, o aluno bolsista desenvolverá alguma atividade dentro da Universidade de acordo com a demanda interna, recebendo um valor mensal por um período de aproximadamente 1 ano. 

Já  o auxílio alimentação na UFSJ foi criado no fim do ano de 2008, a partir da verba do PNAES. Esse auxílio  consiste na entrega mensal de tickets que permite que os alunos  façam suas refeições em restaurantes inscritos no Programa da UFSJ em São João del-Rei e nas cidades dos campi fora de sede. 

Sabe-se que essas ações são de extrema importância para os alunos. O problema que se encontra é justamente o número limitado de bolsas que não consegue atender a demanda existente. Diante dessa situação,novas discussões precisam ser feitas acerca da necessidade de ampliação dessas bolsas, uma vez que grande parte dos alunos são naturais de outras cidades e dependem, por vezes, exclusivamente desses auxílios para sua permanência na Universidade.

Desse modo, faz-se necessário realizar adequações no programa de bolsas  a fim de atender de forma satisfatória a política de assistência estudantil da instituição contribuindo para o melhor aproveitamento dos alunos e para reduzir a taxa de evasão.

2 comentários:

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  2. Eu concordo com você, Thales, é realmente importante para a pessoa poder se sustentar, não depender de pais para isso. Porém, pelo que entendi desse post, como a verba é pouca, é necessário que a instituição crie o máximo de critérios, visto que a procura é grande. E no fim das contas o que mais exclui candidatos é a condição que os pais possam ter para sustentar o filho ou não. Mas aí, o que eu me pergunto é se viver de bolsa não nos coloca na situação de dependentes tb, só que agora dependentes da instituição, e pra piorar, um sustento que tem data marcada para acabar! De qualquer forma, se formar numa Universidade, em relação às questões financeiras, está cada vez mais difícil! E para uma dedicação exclusiva ao estudo, o estudante tem que depender de alguém ou alguma instituição que o sustente.

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