terça-feira, 13 de março de 2012

Psicopatologia – Debate em São Paulo – 24/11/2011


Esta foi a última etapa dos debates preparatórios para o evento “Psicopatologia: um tema sempre em debate – Controvérsias sobre os DSM’s” (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), que acontecerá em São João Del Rei, MG, em maio de 2012.

Este debate, realizado na USP, contou com a participação da Mestranda Karen Alves (LATESFIP/USP), da Profª. Drª. Christiane Carrijo (UNESP/Bauru) e do Prof. Dr. Antonio Teixeira (PSILACS/UFMG). Para a apresentação dos convidados e da proposta do movimento ‘STOP DSM’ estavam presentes o Prof. Dr. Christian Dunker (LATESFIP/USP) e o Prof. Dr. Fuad Kyrillos Neto (LATESFIP/UFTM).

A Mestranda Karen Alves tratou de aspectos gerais dos DSM’s, como a exclusão de teorias que não se fundamentam em estudos estatísticos e bases orgânicas, além de levantar o problema da almejada linguagem única pelos cientificistas.

A Profª. Drª. Christiane Carrijo refletiu, a partir de uma Psicopatologia Crítica sobre as contribuições que a psicanálise poderia oferecer para a chamada pós-modernidade. Para isso ela abordou três cenários: o primeiro acerca das polêmicas em torno dos DSM’s; o segundo levanta o questionamento da existência de uma ética da psicanálise como uma proposta para a reflexão de uma Psicopatologia Crítica; e o terceiro cenário a respeito do crescente aumento estatístico de doenças mentais e sua precocidade.

O Prof. Dr. Antonio Teixeira chama atenção para as diferenças entre um protesto e um movimento. Com base nesses argumentos, ressalta a importância do Movimento STOP DSM. Afirma que este movimento deve ser intransigente em relação ao DSM, pois existe uma incompatibilidade teórica entre os DSM’s e a clínica psicanalítica.

Nesta edição divulgamos apenas as falas dos convidados. Para a versão completas, comentários finais e perguntas da audiência acesse os links a seguir: Mestranda KarenAlves, Profª. Drª. Christiane Carrijo, Prof. Dr. Antonio Teixeira, Prof. Dr. Christian Dunker e perguntas

Estão também disponíveis os vídeos completos dos debates em São João Del Rei e em Belo Horizonte.

2 comentários:

  1. Seria interessante convocar alguém do outro campo para que ambos os lados possam ter a sua voz... OU estaremos barrados pelo grande Outro? Debate com 3 apresentadores defendendo o mesmos ponto de vista pode ser chamado de debate?

    Uma série de sofismas vão sendo encadeados ao longo das três apresentações e os palestrantes aparentemente se esquecem que sem intersubjetividade não pode haver troca, muito menos encontro.
    A psicofarmacologia é realmente ameaçadora para o campo lacaniano, mas não para quem sofre sofre sofre anos a fio nos divãs espalhados pelo país por uma simples razão: a falta de sinergia com a psicofarmacologia e com o DSM que, diga-se de passagem, não é obra dos demoníacos laboratórios farmaceuticos mas de um tremendo esforço de descrever os acontecimentos da clínica em termos fenomenologicos. Agradeço a manutenção dessa postagem.

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    1. Prezado Zix,
      Agradecemos seu comentário. O objetivo do blog é justamente fomentar o debate e alcançamos nosso objetivo quando você posta sua participação e ponto de vista. Sobre o evento: o debate é sobre como a psicanálise pensa esse movimento em prol do DSM. Convites foram feitos em diversas redes sociais para que todos pudessem assistir às apresentações e colocar seu ponto de vista. Assim como as falas foram postadas para que o debate entre as diversas posições pudessem ser colocados e prosseguido. Ou seja, sua participação prova que não há barras a um debate que é tanto acadêmico como político por seus impactos sobre os modos de tratamento.
      E continuando o debate, gostaria de saber quais sofismas foram encadeados nas apresentações. E sobre o laço entre indústria farmacêutica e as revisões dos DSM's, indico a leitura do seguinte artigo: http://content.karger.com/ProdukteDB/produkte.asp?Aktion=ShowPDF&ArtikelNr=91772&Ausgabe=231734&ProduktNr=223864&filename=91772.pdf
      Esperamos continuar a contar com sua contribuição em nossas outras postagens, o que só tem a enriquecer o debate
      Att.
      Roberto Calazans

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