Esta foi
a última etapa dos debates preparatórios para o evento “Psicopatologia: um tema
sempre em debate – Controvérsias sobre os DSM’s” (Diagnostic
and Statistical Manual of Mental Disorders – Manual Diagnóstico e Estatístico
de Transtornos Mentais), que acontecerá em São João Del Rei, MG, em maio
de 2012.
Este debate, realizado na USP, contou com a participação da Mestranda Karen Alves (LATESFIP/USP),
da Profª. Drª. Christiane Carrijo (UNESP/Bauru) e do Prof. Dr. Antonio Teixeira
(PSILACS/UFMG). Para a apresentação dos convidados e da proposta do movimento
‘STOP DSM’ estavam presentes o Prof. Dr. Christian Dunker (LATESFIP/USP) e o
Prof. Dr. Fuad Kyrillos Neto (LATESFIP/UFTM).
A Mestranda
Karen Alves tratou de aspectos gerais dos DSM’s, como a exclusão de teorias que
não se fundamentam em estudos estatísticos e bases orgânicas, além de levantar o
problema da almejada linguagem única pelos cientificistas.
A Profª.
Drª. Christiane Carrijo refletiu, a partir de uma Psicopatologia Crítica sobre
as contribuições que a psicanálise poderia oferecer para a chamada
pós-modernidade. Para isso ela abordou três cenários: o primeiro acerca das
polêmicas em torno dos DSM’s; o segundo levanta o questionamento da existência
de uma ética da psicanálise como uma proposta para a reflexão de uma Psicopatologia
Crítica; e o terceiro cenário a respeito do crescente aumento estatístico de
doenças mentais e sua precocidade.
O Prof.
Dr. Antonio Teixeira chama atenção para as diferenças entre um protesto e um
movimento. Com base nesses argumentos, ressalta a importância do Movimento STOP DSM. Afirma que este movimento deve ser intransigente em relação ao DSM, pois
existe uma incompatibilidade teórica entre os DSM’s e a clínica psicanalítica.
Nesta
edição divulgamos apenas as falas dos convidados. Para a versão completas,
comentários finais e perguntas da audiência acesse os links a seguir: Mestranda KarenAlves, Profª. Drª. Christiane Carrijo, Prof. Dr. Antonio Teixeira, Prof. Dr. Christian Dunker e perguntas.
Seria interessante convocar alguém do outro campo para que ambos os lados possam ter a sua voz... OU estaremos barrados pelo grande Outro? Debate com 3 apresentadores defendendo o mesmos ponto de vista pode ser chamado de debate?
ResponderExcluirUma série de sofismas vão sendo encadeados ao longo das três apresentações e os palestrantes aparentemente se esquecem que sem intersubjetividade não pode haver troca, muito menos encontro.
A psicofarmacologia é realmente ameaçadora para o campo lacaniano, mas não para quem sofre sofre sofre anos a fio nos divãs espalhados pelo país por uma simples razão: a falta de sinergia com a psicofarmacologia e com o DSM que, diga-se de passagem, não é obra dos demoníacos laboratórios farmaceuticos mas de um tremendo esforço de descrever os acontecimentos da clínica em termos fenomenologicos. Agradeço a manutenção dessa postagem.
Prezado Zix,
ExcluirAgradecemos seu comentário. O objetivo do blog é justamente fomentar o debate e alcançamos nosso objetivo quando você posta sua participação e ponto de vista. Sobre o evento: o debate é sobre como a psicanálise pensa esse movimento em prol do DSM. Convites foram feitos em diversas redes sociais para que todos pudessem assistir às apresentações e colocar seu ponto de vista. Assim como as falas foram postadas para que o debate entre as diversas posições pudessem ser colocados e prosseguido. Ou seja, sua participação prova que não há barras a um debate que é tanto acadêmico como político por seus impactos sobre os modos de tratamento.
E continuando o debate, gostaria de saber quais sofismas foram encadeados nas apresentações. E sobre o laço entre indústria farmacêutica e as revisões dos DSM's, indico a leitura do seguinte artigo: http://content.karger.com/ProdukteDB/produkte.asp?Aktion=ShowPDF&ArtikelNr=91772&Ausgabe=231734&ProduktNr=223864&filename=91772.pdf
Esperamos continuar a contar com sua contribuição em nossas outras postagens, o que só tem a enriquecer o debate
Att.
Roberto Calazans