O
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação - o FUNDEB - foi criado pela Emenda Constitucional
n.º 53/06, com o objetivo de proporcionar a elevação e uma nova distribuição
dos investimentos em Educação. O FUNDEB teve também a função de substituir o
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério - FUNDEF - que era, até então, o fundo responsável pela
redistribuição dos recursos vinculados à manutenção e desenvolvimento do ensino
fundamental.
O FUNDEB tem
a intenção de estender a abrangência do Fundo para todas as etapas e
modalidades de educação básica. Além disso, a experiência do FUNDEF e o
aprendizado que esse possibilitou trouxeram a reflexão acerca de quais
elementos desse mecanismo deveriam ser preservados ou evitados. Criou-se então,
no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, um Fundo para levantamento das
matrículas presenciais e de distribuição dos recursos.
Por
se tratar de um Fundo de natureza contábil o FUNDEB não é considerado privativo
da esfera Federal, Estadual ou Municipal. Outros fatos que vão nesta mesma
direção: a arrecadação e distribuição dos recursos que o formam serem
realizadas pela União e pelos Estados, com a participação do Banco do Brasil,
como agente financeiro do Fundo; os recursos são provenientes das três esferas
de governo (Federal, Estadual e Municipal); e, por fim os créditos dos seus
recursos são realizados automaticamente em favor dos Estados e Municípios de
forma igualitária, com base no número de alunos.
Dentre as
principais diferenças entre o FUNDEF e o FUNDEB, podemos citar o aumento do
número de alunos contemplados com os recursos do fundo (de 30,2 milhões para
48,1 milhões de alunos). Isso se deu devido ao fato de que o FUNDEF abrangia
apenas escolas de ensino fundamental e o FUNDEB passou a abordar também ensino
básico e Educação de Jovens e Adultos - EJA. O FUNDEB vai proporcionar a
garantia da Educação Básica a todos os brasileiros, da creche ao final do
Ensino Médio.
A
utilização dos recursos do FUNDEB é de no mínimo de 60% para remuneração dos Profissionais
do Magistério da Educação Básica e o restante dos recursos em outras despesas
de manutenção e desenvolvimento da Educação Básica pública. A distribuição dos
recursos se dá com base no número de alunos da Educação Básica (Creche,
Pré-Escolar, Fundamental e Médio), de acordo com dados do Censo Escolar do ano
anterior, observada a seguinte escala de inclusão: alunos do ensino fundamental
regular e especial - 100% a partir do 1º ano;
alunos da Educação Infantil, Ensino Médio e EJA - 33,33% no 1º ano;
66,66% no 2º e 100% a partir do 3º ano.
Em cada esfera municipal ou estadual serão considerados os alunos da educação
básica que a respectiva esfera tem prioridade de atendimento, de acordo com a
Constituição Federal.
É preciso
esperar mais tempo e ter uma apuração mais profunda para saber se realmente as
mudanças de FUNDEF para FUNDEB foram boas. O que espera-se é uma maior disponibilidade
geral de recursos para a educação. Temos que sair do patamar de 5% para 7% do
PIB, conforme pede o Plano Nacional de Educação, pois é desta forma que se pode
garantir a viabilidade e o sucesso não apenas do FUNDEB, mas de uma melhora
geral da educação brasileira.
"proporcionar a elevação e uma nova distribuição dos investimentos em Educação"
ResponderExcluire daí?
o q irá acontecer efetivamente?
Achamos que seu questionamento já foi respondido ao longo do texto. O objetivo inicial da substituição do FUNDEF para FUNDEB era de “proporcionar a elevação e uma nova distribuição dos investimentos em Educação", e o que efetivamente aconteceu foi que “o FUNDEF abrangia apenas escolas de ensino fundamental e o FUNDEB passou a abordar também ensino básico e Educação de Jovens e Adultos - EJA”, além do “aumento do número de alunos contemplados com os recursos do fundo (de 30,2 milhões para 48,1 milhões de alunos)”. No final, é apenas uma forma de distribuição de verbas, no entanto se estamos falando de qualidade, é uma outra história e que não envolve apenas questões financeiras.
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