A APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais –
surgiu em 1954 na cidade do Rio de Janeiro, com o objetivo de promover a
atenção integral à pessoa com deficiência, além de defender seus direitos de
cidadania e sua inclusão social. Segundo o site oficial,
atualmente o movimento congrega a Fenapaes – Federação Nacional das Apaes, 23
Federações nos estados e mais de duas mil estabelecimentos de ensino distribuídos
em todo o país, que atendem aproximadamente 250.000 pessoas com deficiência.
Desde o início de 2013 algumas Federações das Apaes nos
estados tem se articulado contra o documento-referênciada CONAE 2014 (Conferência
Nacional de Educação), que está sendo discutido esse ano pelas escolas de todo
o país. O Eixo VII, número 488, item VII deste documento propõe que “o número
de matrículas em educação especial, ofertadas por organizações filantrópicas,
comunitárias e confessionais parceiras do poder público seja congelado e,
finalmente, essa modalidade de parceria seja extinta em 2018, sendo
obrigatoriamente assegurado o atendimento da demanda diretamente na rede
pública, na perspectiva da educação inclusiva”.
A FEAPAES-SP propõe, segundo artigo publicado em sua página oficial,
que o texto seja alterado para “o número de matrículas em educação especial,
ofertadas por organizações filantrópicas, comunitárias e confessionais
parceiras do poder público seja assegurado e contabilizado para fins de
financiamento com recursos públicos da Educação Básica”.
A partir dessa reivindicação foram organizadas várias
manifestações contra a proposta da CONAE, principalmente durante a Semana
Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, que aconteceu entre
os dias 21 e 28 de agosto. A APAE de São João del Rei também organizou
manifestações, a primeira durante a visita da Presidente Dilma Rousseff à
cidade, no dia 20 de agosto, e a segunda no dia 29 de agosto, que contou com o
apoio de mais 12 APAEs da região do Campo das Vertentes.
Em resposta às diversas manifestações que ocorreram em todo
o país, a Presidente da Federação Nacional das APAEs, Aracy Lêdo, divulgou uma
nota de esclarecimento. Segundo esta nota, a Ministra-Chefe da Casa Civil,
Gleisi Hoffmann defendeu a manutenção da Meta 4 do Plano Nacional de Educação, que
define que o governo deve oferecer aos estudantes de 4 a 17 anos, com qualquer
tipo de deficiência, o acesso ao ensino regular. Além disso, a Ministra
defendeu a inclusão da palavra “preferencialmente” no texto da Meta, indicando
que os pais de crianças e adolescentes com deficiência poderão escolher como
adequar o ensino dos seus filhos, articulando o ingresso nas escolas de ensino
regular e nas escolas especializadas.
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